quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Teorias Científicas de uma TDAH

Eu vou fazer o que se teimo em crer que existe muito mais do que podemos perceber com os nossos míseros 5 sentidos. Eu creio mesmo... quase com dor... porque meus olhos teimam em ver coisas que ainda não foram contadas para as pessoas, minha mente imagina soluções descabidas para coisas inexistentes.
Meus pés nunca pisaram o terra, o solo. Eu não sei como é a sensação de ter os pés no chão... alguns me perseguem com grilhões e correntes, acreditam que me acalçarão e quando o fizerem irão finalmente me dar a oportunidade de experimentar a sensação do solo sob os meus pés. Mas não, não vai acontecer. Eu voo. Eles não.
Eu vivo em muitos mundos paralelos, ninguem é capaz de me pegar por lá. Por lá as normas e racionalidades voam também, nenhuma delas conhece o solo, nenhuma delas segue a lei prisoneira da gravidade, nenhuma delas sente peso algum, nada lhes prende os pés ao chão... elas voam comigo e vamos longe, seguindo normas descabidas para este mundo onde este blog existe.
E.T.
Eu sei, podem dizer... ouvi isso muitas vezes de mim mesma.
Não tem problema, carrego minha casa, minha morada, meu universo, minha galaxia, todos em meu peito.
Sou livre
Livre
Livre
E acredito no que nunca se ouviu falar e é por isso que a ciencia me faz tanto sentido. Pesquisar é acreditar que existem coisas que, embora nunca tenham sido vistas, percebidas, vividas ou conhecidas, elas existem e sempre estiveram à nossa volta, sob nossos narizes presunçosos, prontas para serem apresentadas, reveladas, descobertas. Existem tantas coisas gritando para serem descobertas que até me perco com seus gritos, todos gritam ao memso tempo, não sei para onde olhar, qual ouvir primeiro. Então tudo o que ouço e percebo são como o som de muitas águas, um som alto, angustiante, conflituoso, como o som de um bar muito cheio, onde cada pessoa fala algo diferente e voce realemnte não entende nenhuma palavra, embora ouça o som de todas... ao mesmo tempo.
Pobres descobertas ainda não descobertas, vivem presas no limbo do desconhecimento humano, suplicando sua libertação. A cura de doenças incuráveis, a solução para problemas sociais, a resoluçao pacífica para questões políticas, a solução para problemas pessoais, ambientais, neuronais, espirituais, existenciais e etc.
Onde estão os ouvidos? As vozes gritam: "Estamos aqui, somos a solução!" Mas nossos ouvidos só sabem ouvir poucos tipos de sons. Só se ouve o que já foi ouvido antes... só sabemos ouvir o que já ouvimos antes, não sabemos ouvir o novo, porque o novo nos dói aos ouvidos. Dá medo, estranheza, incredulidade.
Mas eu ouço o som do que nunca se pensou em ser ouvido antes e gosto do que ouço... é ilimitado.
Se um dia eu for capaz de transformar todos os meus devaneios em estudo, pesquisa, esforço, dedicação, eu tremerei a excitação da descoberta,  meus olhos chorarão lágrimas por ver as coisas que todos repetiam "é impossivel, não existe, não dá"... Se tudo isso deixasse de ser real somente nos meus mundos paralelos e se tornasse realidade por aqui também,  eu me esforçaria para deliberar essas novidades à quem mais precisasse delas.
Muitas ideias, pouca ação. Muitas palavras, poucas atitudes.
Nada mais frustrante.
Penso às vezes na possibilidade dos "mundos paralelos" que a ciencia descreve, onde existem outros eus e outros voces, o duro desses parelelos é descobrir se existe algum que seja O Real. Ou todos são igualmente reais e inexistentes? E se formos mesmo como no matrix, corpos mergulhados em simuladores? E se na verdade nenhum de voces existir realmente e tudo não passar de uma criação do meu cérebro para aprender a lidar com meu TDAH?  E se voces na verdade forem criações minhas? E se tudo o que eu tenho nessa vida for criação do meu cérebro, ilusões mentais para me manter caminhando? E se? Se? Onde estaria meu corpo real? Em que situações estaria minha vida real? Quem seria eu de verdade? Onde eu estaria de verdade? Apesar de tudo isso causar aversão na maioria das cabecinhas pensantes, existe um jeito onde as pessaos aceitam que eu pense assim : Na vida regida pelos ensinamentos espirituais. E a vida espiritual para mim me parece um mundo paralelo, o mais real de todos os mundos, onde visito-me e me descubro muito mais forte do que achava que era nesse mundinho realista que vivemos. Visito este mundo paralelo da fé e vejo coisas fortes, poderosas, saio de lá mais forte e poderosa também, saio de lá sabendo qual é minha real identidade e gosto do que descubro. Nesse mundo parelelo da fé tudo é possivel, tudo mesmo. E para mim não existe mundo mais real do que um mundo que me ofereça tudo o que preciso para voar : O CÉU! É por lá que quero estar, é de lá que quero ver minha vida daqui, é de lá que quero observar as pessoas que amo, para entender suas dores e poderes, é lá que quero viver, nas paredes azuis de Deus. Para poder agir melhor aqui onde estou, onde nós estamos, onde voce está. Deus sabia o tamanho das minhas asas e por isso fez um céu tão grande, preciso voar... ir mais longe do que os meus pés podem me levar, imaginar e criar é o que preciso para viver feliz. Não, eu não preciso morrer para ver a Deus, não preciso morrer para visitar o céu, eu já estou por lá, vou e volto. Porque aqui é o meu pouso. Aqui é onde as vozes estão a me gritar para serem ouvidas e descobertas e eu quero ouvi-las, descobri-las, usa-las, divulga-las e mudar a cada passo, a cada voo, a minha vida e a sua.

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