terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PRAZER EM CONHECE-LA, RITALINA!!!

ESTE POST É UM RELATO PESSOAL SOBRE O TRATAMENTO QUE PRECISO FAZER PARA TENTAR SUPERAR AS BARREIRAS QUE O TDAH ME IMPOS A VIDA INTEIRA, SEM EU SE QUER PERCEBER. NÃO SE TRATA DE INCENTIVO, NEM AO MENOS DE PROPAGANDA DO MEDICAMENTO. DIGO ISSO AOS QUE PROCURAM DETURPAR A UTILIDADE DESTE REMÉDIO TÃO NECESSÁRIO À QUEM REALMENTE PRECISA DELE. FAÇO USO DA RITALINA SOB A SUPERVISÃO DO MEU MÉDICO QUE A INDICOU E A RECEITOU CUIDADOSAMENTE. Amor à vida e não às dorgas.

Tudo bem, preciso confessar, eu não fazia ideia do que aconteceria quando segurei minha primeira capsula de ritalina nas mãos.
Eu esperava alguma coisa como dores de cabeça, irritabilidade, insonia, ansiedade, agitação e um certo aumento na capacidade de concluir um pensamento inciado, sem me perder nos ruídos frenéticos da minha mente.
Na verdade eu esperava tudo, menos o que aconteceu : Eu me acalmei. Minha ansiedade SUMIU, minha falta de paciencia SUMIU, os ruídos intensos na minha mente SUMIRAM.
É interessante fazer uma coisa por vez, devagar e concentradamente. Estranho. Muito estranho concluir uma tarefa depois de horas sobre ela. Estranho não iniciar duzentas coisas ao mesmo tempo, estranho ter a vida passando mais lentamente  e agora meu dia tem início, meio e fim, assim como todas as tarefas que inicio nele! Estranho não me cansar nos primeiros minutos, ao contrário, continuar calma, quieta, focada traqnuilamente em terminar o que precisei iniciar. Eu nunca havia experimentado isso antes. Eu não sabia o que era isso. Eu nem se quer sabia que alguem poderia realizar isso.
Hoje entendo como a maioria das pessoas age, hoje compreendo o por que das pessoas agirem, sou como elas. Que presente recebi depois de uma vida inteira bebendo das águas inquietas do TDAH!!! Eu consigo ouvir anuncio na TV, consigo ouvir a fala dos meus filhos até o final, consigo lembrar-me das comidas no fogão, consigo... acreditem, finalmente consigo LER A LEGENDA DA ABERTURA DO "THE BIG BANG THEORY"... é tãoooo simples... realmente é só olhar para a legenda, como todos os meus amigos me "ensinavam" quando eu ainda estava sob o controle absoluto do TDAH.
Tenho me assustado muito com tudo isso, nem sei se estou preparada para essas experiencias, de repente eu sou capaz de fazer o que sempre me foi impossivel por causa do TDAH e eu levo um susto!
Além disso, minha boca não fala mais descontroladamente, impressionante: Meus pensamentos não se enrolam, eu sei exatamente como falar e o que falar para chegar no objetivo que preciso. Não me perco mais e nem repito várias vezes a mesma ideia. Uma frase bem colocada me basta. E como sou inteligente, nossa! Como sei usar as palavras, uia! Como sou afiada, clara e competente com as palavras! Ando espantada com a pessoa que tenho encontrado em mim agora.
Ela é bem mais previsivel (quase sem graça), mas é imensuravelmente mais capaz. Ainda estou me acotumando a isso.
 Até meu sono mudou... de manhã estou 100% alerta e ativa, depois o efeito vai passando e no fim da tarde eu começo a me sentir cansada, extenuada e meu TDAH vai voltando, ele começa a me dizer "olá", com suas distrações ridículas, esquecimentos, impaciencia e ansiedade. Mas como durante o dia fiz tudo o que precisava fazer, de noite sobra pouca coisa e posso ir dormir mais cedo (por volta da meia noite), afinal minha energia foi toda consumida e os objetivos realizados até o final!!!
Tudo isso tem sido assustador, diferente, inesperado, surpreendente, interessante e inovador para minha vida.
 Agora sinto-me capaz de sonhar cada dia mais alto, estou mais tranquila em iniciar minha nova faculdade, pois sei que serei mais capaz de dar conta de toda a demenda que a maternidade, o casamento, a casa e a faculdade vão me oferecer. E... estou tranquila. Sem ansiedade. Sem pressa do mundo. Sem procurar freneticamente a intensidade de tudo. Não estou mais tão intensa, não experiemnto mais aquela sensação de fogo ardendo na alma de paixão pelas coisas (que era boa, alias!), por outro lado, não me perco mais nas mil paixões que surgiam e desapareciam o tempo todo! Não estou mais perdida no meio das guerras de paixões que existiam em mim há anos!!!
Prazer, Ritalina, realmente foi um prazer tê-la conhecido!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Onde eu enfiei a p.... do negócio?

Vergonha.
Tenho vergonha da minha aparente incapacidade de realizar coisas corriqueiras.
Ontem e todos os outros dias da minha vida, eu estava procurando algo importante aqui em casa e claro, não achei.
Fiquei nervosa, culpei o marido, a correria com os filhos e até o calor.
Meu marido foi procurar a bendita coisa que eu estava procurando, NO MESMO LUGAR QUE EU JÁ HAVIA PROCURADO várias vezes e ele voltou com tudo o que eu estava procurando nas mãos. Ele encontrou uns nove exemplares e eu só estava procurando UM... e não encontrei.
Puts meu, por que?
É nessa hora que o lado down do TDAH ataca, como posso ser tão incapaz? Sinto uma vergonha de mim mesma, sinto-me inutil.
Meu marido me conhece, percebeu que fiquei com raiva de mim e com vergonha da situação, então ele se aproximou e me disse baixinho: Esse é o seu charminho, é tão lindo ver esse seu jeito de ser, eu adoro, voce fica mais charmosa assim!
Tuuuudo bem, ele pode estar treinando para Don Juan às minhas custas, mas eu preferi acreditar nele!
E isso me fez pensar que por mais coisas "não legais" que a gente carregue, acho que as coisas "legais" devem valer a pena, devem ser coisas fora da média, devem ser coisas que dão sentido à vida de algumas pessoas, pois elas estão conosco, dispostas a acharem charmoso aquilo que mais nos envergonha.
Pensando bem, nem chega a ser um defeito esse meu jeito torto de ser, é só um charminho mesmo (akkkkk tenho que rir). Defeito seria se eu não respeitasse quem amo e fizesse mal às pessoas de proposito, enfim, acho que exagero na minha auto punição quando vacilo (o tempo todo).
Seria bem legal aprender a aceitar melhor minha desatenção. Estou caminhando para isso, pelo menos até o próximo vacilo!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

EXAGERADO - CAZUZA

"Eu nunca mais vou respirar, se voce não me notar, eu posso até morrer de fome, se voce não me amar... Por voce eu largo tudo, carreira, dinheiro, canudo... até nas coisas mais banais, pra mim é tudo, ou nunca mais! Exagerado! Jogado aos teus pés eu sou mesmo exagerado, adoro um amor inventado..."

Tdah tem mesmo uma propensão neurofuncional para enxergar apenas dois numeros de todos os infinitos existentes: ve apenas o 8 e o 80.
Ou ele está feliz e aproveitando toda a onda de energia e inventividade que lhe arrombam as portas da mente, sem pedir licença... ou ele está insuportavelmente triste, afogado em dores e pessimismos, preso numa mente enrolada que gira e gira e não sai do lugar.
Onde moram os outros numeros????
Onde se escondem os numeros que separam o 8 do 80???
Parece que penso que os outros numeros invisiveis para os TDAHs se escondem naquilo que somos independente do tdah, naquilo que somos inconscientemente. Eu ainda pouco vejo de mim que não esteja marcado, manchado, ou colorido, pelo TDAH, mas sei que não sou somente um TDAH, não sou apenas um aglomerado de quatro letrinhas andando por ai. Eu sou um ser humano e por si só isso já me diz algo sobre o infinito que carrego dentro de mim. Algo de mim deve ter sido resgurdado, deve ter continuado intacto no meio deste TDAH. Algo que sou eu e pouco o TDAH pôde fazer para atingi-lo.
Caminho construindo uma ponte, uma ponte que me faça vivenciar o meio entre dois extremos tão radicais. Uma ponte onde dores não doam tanto e ideias não sejam tão surreais. Uma ponte onde eu possa compreender, ou ao menos VER, todo o bom senso que direciona a vida das outras pessoas.

Tá... já chega...
Cansei...

TDAH entrando em ação:
Mudando de foco, do nada, do nada, do nada:

Será que o Cazuza era TDAH???
Tão intenso, inteligente, com uma visão diferente do mundo e da vida, arrebatado pelas drogas e pela vida intensamente louca do sexo, drogas e rock? Eu entendo completamente o estilo de vida dele. Intenso. Movido pelo desejo de viver a vida por inteiro, tudo num unico minuto. E isso ainda é pouco. Muito pouco. Nada que aconteça nessa vida, por mais inteiro, intenso e vívido que seja, ainda é pouco para uma mente assim como a minha. Toda a emoção do mundo é pouco, comparada ao que esperamos dessa vida, comparada ao que buscamos loucamente para nossas vidas. Cazuza não se enquadrava no esquema socio cultral em que vivia, não admitia as injustiças filhas deste esquema, desejava ver um mundo onde todos fossem intensamente livres e intensamente felizes, cagando e andando para as regras engessadas, dando mais valor aos conteúdos do que às formas. Duvido que essa forma de estrutura social desse certo com esse tipo de gentinha que povoa o mundo, eles aproveitariam que não existem regras e acabariam uns com os outros mais rapidamente do que hoje em dia, que somos dominados por regrinhas mais rigidas, mas num mundo paralelo (olha minhas teorias cientificas aí outra vez!!!) eu sei que daria certo. Talvez o paraíso seja tudo o que os bons (ou lunáticos) lutam para realizar aqui na terra. Um lugar onde as regars não ditam os comportamentos, um lugar onde o amor genuino nos guie ao cumprimento das regras (do amor), um lugar onde a gente siga as regras por amor e não onde a gente ama porque faz parte da regra (amor por obrigação, por dever).

Ficar de ponta cabeça só pra variar, assistir à queda de louças caríssimas só pra comtemplar o movimento delas no ar, gritar mais alto que o visinho, só para se surpreender com o som de sua propria voz, bater e depois se dar em amor intenso na cama, no chão, na luz e no escuro, mergulhar na água gelada só para se assustar com o frio que gela o cerebro, acelerar o carro (emborrachado, segundo meu pai!) para ver o mundo girar mais rapido, comer doces, salgados, gelados e quentes, rir e chorar, como se a vida de alguem amado dependesse disso, lutar por uma ideia (ou ideologia) com tanta força que sua vida perde todo o sentido em nome de uma causa, sentir cheiros e mais cheiros, sentir dor, sentir prazer, sentir o vento, a vida, o pelo dos cachorros, a lambida na cara, a chuva no rosto, as gotas de suor pelo corpo, o primeiro raio de sol na manha silenciosa, solos de guitarras doidas, cabelos sacudindo, pés batendo no pedal do bumbo frenéticamente, mais suor, mais gritos, mais vida, mais prazer, vida mais intensa do que a propria vida, a dor do parto, intensa, enlouquecedora, transformadora, insuportavelmente poderosa pela vida que carrega em si (nada é mais intenso do que a dor e a novidade de vida que o parto traz, talvez tenham sido os unicos momentos da minha vida em que meu TDAH voraz foi saciado, mas é bom nem pensar muito nisso, porque vou acabar por desejar viver isso denovo e agora NÃO VAI ROLAR!)

O que era pra ser um texto sobre minha busca pelo EQUILÍBRIO acabou de virar exatamente o que SOU: a busca INSANA e INTENSA pelas EMOÇÕES INCONGRUENTES dessa vida."Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi", SEMPREEEEEE!!!

POUCAS PALAVRAS E MUITAS LETRAS

                                                       
T-D-A-H  E  T-P-M  são letras demais para minha vida neste momento!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Uma TDA No Volante

É surpreendente que eu nunca tenha me envolvido em qualquer tipo de acidente de carro, nem multa, nunca, jamais levei uma multa, e dirijo a mais de 7 anos, todos os dias uteis da semana varias vezes ao dia! Já tive tanto medo disso. Porque às vezes é mais do que desatenção, é uma falta de capacidade de interpretar o que estou vendo. Eu enxergo, mas não entendo a perspectiva do que estou vendo e tudo parece ser uma curva eterna, ou algo que atravessa um portal dimensional, sinto um frio na barriga, seguro firme o volante e espero que Deus capacite meus olhos. E o carro vai chegando mais perto e eu vou sendo capaz de compreender o que estava diante de mim.
Quando fiz 18 anos meu pai nao me deixou fazer auto escola, disse -me q eu s'o faria quando inventassem um carro de borracha!!! kkkkkk E eu esperei muitos anos por esse carro emborrachado, mas pelo menos aqui no Brasil, ele nunca chegou! Quando sa'i da casa dos meus pais, senti-me livre para tentar, embora o medo me dominasse : "voce nunca vai dirigir, nunca vai conseguir, voce precisa de um carro de borracha".  Eu precisei usar a for'ca do tda e sua impulsividade para me matricular na aula. Fiz tudo, aprendi rapido. Embora tivesse medo , eu conheci o tamanho das minhas vontades e coragens. Eu superei minhas frases mentais. Eu superei os suores e taquicardias do come'co.
A minha sorte, na verdade 'e que a minha instrutora so dava aula com o radio ligado e tagarelando sobre seus namorados e filhos na minha cabe'ca e isso, inesplicavelmente me deixava tranquila para fazer os deverem motores de quem dirige. Nao sei bem por que, mas era assim, ela ligava o radio e falava e falava e falava, e quanto mais ela falava, melhor eu dirigia.
Parece que a musica me tira do foco do medo, do nervoso e do tedio. Porque ficar sentada, parada, vendo a paisagem passar numa velocidade permitida e segura e insuportavelmente chato, entao, para eu nao me perder no tedio e na ansiedade de dirigir, eu ligo o radio ate hj, e ao primeiro som, ao primeiro acorde de qualquer musica no meu radio do carro, eu sinto um alivio gigantesco, dou um suspiro profundo e engato a primeira marcha. Muitas vezes ligo o som bem alto, pagando de boyzinho na versão feminina... kkkkkk Amo o som alto! E às vezes nem consigo disfarçar minhas dancinhas no volante!!! kkkkk . Por vezes sinto dificuldade em disfarçar a minha emplgação quando faço uma curva gostosa, ou desço uma rua ingrime. É um parque de diversões tdazistico kkkkk porque eu me alegro e viajo com muito, muito pouco!
Eu sou muito cuidodosa com as pessoas, com os cachorrinhos e ate a adolescencia eu nao conseguia matar uma formiga, literalemente, ate hj sinto um nó na garganta, uma culpa, dá vontade de pedir desculpas... kkkkkkk
Depois que tive filhos, essa culpa passou, agora eu protejo meus filhos de tudo, inclusive de insetos, mato mesmo, mas ate hj explico para eles (os insetos) que preciso proteger meus filhos, pois suas picadas podem ser perigosas para meus amados e vou protege-los disso tambem. Pobre inseto. Ainda precisa ouvir discurso de mae no leito de morte...
Enfim, quando dirijo tambem tenho esse senso de cuidado com os outros e 'e incrivel como estou sempre muito mais atenta que a maioria quando se trata de pedestres, motos, cachorros, bicicletas... eu dirijo defensivamente, por mim e pelos que estao menos protegidos. Mas... nem por isso minha cabe'ca fica presa... e preciso me policiar o tempo todo para voltar ao carro. Devo fazer algumas bobeirinhas de vez enquando, mas sao de leve, pq nem percebo...kkkkkk. O fato 'e que minha preocupa'cao com as pessoas me faz dirigir muito mais atenta e certinho do que a maioria, independente do Tdah que eu levo comigo no porta luvas do carro, todo dia. Mas a verdade 'e que eu amo dirigir, amo ver o mundo passando rapido, amo o frio na barriga de uma curva bem feita, amo ter que freiar e calcular o tempo para nao bate rna traseira do outro carro, isso me d'a uma sensa'cao de que nesses momentos a vida se move na velocidade do meu cerebro e me sinto em casa.
Meu computador t'a doido e sumiu com a pontua'c~ao ... como n~ao entendo nada, vai ficar assim mesmo esse texto. Boa sorte para quem decidir ler at'e o final. Que saco. kkkkk

sábado, 1 de dezembro de 2012

CALA A BOCA MULHERRRRRR

Cala a boca Mulher!
Ahhhh se fosse possivel...
Eu sentiria um alívio enorme se as palavras conseguissem parar de sair da minha boca. Mas elas fluem e eu fico, como quem observa uma cachoeira arremessando águas torrenciais sobre tudo o que está por perto. Sério, as palavras saem tão rápido da minha boca que não preciso pensar para que elas saiam, eu posso me dar ao luxo de ficar parada, observando, enquanto minha boca se mexe e as palavras saem.
Na maioria das vezes, antes de tocar num assunto, tenho uma breve noção das suas consequencias (normalmente não são boas, são como teias de aranha sobre mim: só vão me enrolar, grudar em mim e me amarrar... enfim... furada!) mas mesmo com essa breve avaliação a minha boca se abre e eu começo meu discurso, ele transcorre inseguro, enrolado, confuso, me complico toda, falo o que não deveria e deixo de falar o que deveria, me perco total. É um verdadeiro tiro no pé... melhor ainda: é um verdadeiro tiroteio no próprio pé.
A pessoa começa a ficar irritada com o que está ouvindo, começa a me interromper, eu me envolvo com seus argumentos, perco o foco que já estava desaparecido faz tempo, dou voltas e voltas e enfim, quando finalizo a "explicação", eu incrivelmente, por motivos desconhecidos (talvez até pela ciencia), eu começo do zero, volto pro primeiro ponto e começo tudo de novo, com palavras diferentes, quando repito tudo e termino (denovo)... eu (espantosamente) começo do começo (denovo), repito tudo, com outras palavras ainda mais diferentes da primeira e da segunda vez. Nessa altura começo a ouvir suspiros pesados e tensos dos meus pobres "ouvintes" (quando são educados), pois os mais intimos me freiam na "segunda rodada": chegaaaaa, já entendiiii, nãoooo precisa falar tudoooo denovooooo. E eu desejo parar, mas tenho a certeza de que a pessoa ainda não entendeu completamente o que eu queria dizer e daí, eu dou um jeito de falar mais uma vez ou outras... é nessa parte que a pessoa costuma sair de perto, esbravejando e me xingando... Imagina uma D.R?! Puts nem eu me aguento!
Algumas vezes, me recolhi depois destes fatos e fui para o meu quarto terminar a enxurrada de palavras... mas... não tinha mais ninguem no quarto, eu falava para as paredes mesmo... eu precisava falar. Mesmo se ninguem pudesse me escutar... Não tinha sentimento mais solitário do que este...
Será que mais algum TDAH é assim? Já li sobre a tagarelice dos TDAHs, mas nunca ouvi falar de tamanho descontrole verbal!!!
Escrevendo aqui no blog, tenho percebido porque nunca fui popular na escola, ou querida pela maioria. Eu sou estranha mesmo, nossa! Eu nunca tinha me dado conta de que o "problema"era comigo...
Eu sou TDAH do tipo COMBINADO (metade desatenta, metade hiperativa)... dava pra ser pior?! kkkkkkk Sonhadora e inquieta.

             Pareço ter usado drogas quase o tempo todo:
                                             (mas não uso)
1- Qualquer coisinha diferente na rua me chama a atenção, no céu, nas calçadas, nos carros, nas paredes, nas matas, nas pessoas, tudo que é detalhe me salta aos olhos e me hipnotiza... eu fico absorta, comtemplativa, uma onda de sentimentos doces me invade e eu fico com cara de boba olhando... constrangedor. Mas uma delicia também.
2- Sinto dores no corpo se eu precisar ficar parada esperando (numa fila, num consultório ou qualquer outro lugar), em poucos segundos eu começo a marcar o tempo que fica na minha cabeça, como o som de um relógio, ou bateria, um tempo ritmado, nada constante, sempre muda de ritmo, mas o "barulho" está sempre lá na minha cabeça (tu- tu- pá, tu- tu- pá, ou, tic tac bum, prrrr, tic tac bum)  kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk reeedículo, eu seiiiiii... mas é tão constante que faz parte de mim faz muito tempo. Então basta um momento sentada, ou deitada que esse ritmo (cada dia é um, ou varios) aparece e meu corpo precisa se mexer nesse ritmo, minhas pernas marcam esse tempo, cada perna faz um "som"da minha cabeça (acho que os bateristas vão me entender melhor!), ou então minhas mãos e dedos fazem essa representação enquanto minhas pernas caminham. Pois eu dou um jeito de sair andando em circulos, ou sem rumo, vou e volto dentro das salas de espera, enlouquecendo todo mundo que espera lá também. Fico constrangida e tento conversar com alguém, pois isso me acalma.
Minhas pernas sacodem num movimento ritmado enquanto minha cabeça adiciona som para cada movimento! kkkkkkkkkkk

Parece ridiculo quando colocado dessa maneira. Duro assumir isso, viu! Mas sou eu. E entendo que faz parte do meu crescimento, me assumir como sou e tentar expor aqui, afinal, vai que alguém se identifica e me ajuda a não me sentir tão sozinha nesse mundo estranho, acelerado e ritmado que existe dentro de mim.

Não faço a menor ideia de como abrir o blog para os comentários, pois segundo a configuração, o blog já está aberto para todos os leitores. (Foi o máximo que consegui descobrir... se alguém souber como me orientar... agradeço!)