segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

EXAGERADO - CAZUZA

"Eu nunca mais vou respirar, se voce não me notar, eu posso até morrer de fome, se voce não me amar... Por voce eu largo tudo, carreira, dinheiro, canudo... até nas coisas mais banais, pra mim é tudo, ou nunca mais! Exagerado! Jogado aos teus pés eu sou mesmo exagerado, adoro um amor inventado..."

Tdah tem mesmo uma propensão neurofuncional para enxergar apenas dois numeros de todos os infinitos existentes: ve apenas o 8 e o 80.
Ou ele está feliz e aproveitando toda a onda de energia e inventividade que lhe arrombam as portas da mente, sem pedir licença... ou ele está insuportavelmente triste, afogado em dores e pessimismos, preso numa mente enrolada que gira e gira e não sai do lugar.
Onde moram os outros numeros????
Onde se escondem os numeros que separam o 8 do 80???
Parece que penso que os outros numeros invisiveis para os TDAHs se escondem naquilo que somos independente do tdah, naquilo que somos inconscientemente. Eu ainda pouco vejo de mim que não esteja marcado, manchado, ou colorido, pelo TDAH, mas sei que não sou somente um TDAH, não sou apenas um aglomerado de quatro letrinhas andando por ai. Eu sou um ser humano e por si só isso já me diz algo sobre o infinito que carrego dentro de mim. Algo de mim deve ter sido resgurdado, deve ter continuado intacto no meio deste TDAH. Algo que sou eu e pouco o TDAH pôde fazer para atingi-lo.
Caminho construindo uma ponte, uma ponte que me faça vivenciar o meio entre dois extremos tão radicais. Uma ponte onde dores não doam tanto e ideias não sejam tão surreais. Uma ponte onde eu possa compreender, ou ao menos VER, todo o bom senso que direciona a vida das outras pessoas.

Tá... já chega...
Cansei...

TDAH entrando em ação:
Mudando de foco, do nada, do nada, do nada:

Será que o Cazuza era TDAH???
Tão intenso, inteligente, com uma visão diferente do mundo e da vida, arrebatado pelas drogas e pela vida intensamente louca do sexo, drogas e rock? Eu entendo completamente o estilo de vida dele. Intenso. Movido pelo desejo de viver a vida por inteiro, tudo num unico minuto. E isso ainda é pouco. Muito pouco. Nada que aconteça nessa vida, por mais inteiro, intenso e vívido que seja, ainda é pouco para uma mente assim como a minha. Toda a emoção do mundo é pouco, comparada ao que esperamos dessa vida, comparada ao que buscamos loucamente para nossas vidas. Cazuza não se enquadrava no esquema socio cultral em que vivia, não admitia as injustiças filhas deste esquema, desejava ver um mundo onde todos fossem intensamente livres e intensamente felizes, cagando e andando para as regras engessadas, dando mais valor aos conteúdos do que às formas. Duvido que essa forma de estrutura social desse certo com esse tipo de gentinha que povoa o mundo, eles aproveitariam que não existem regras e acabariam uns com os outros mais rapidamente do que hoje em dia, que somos dominados por regrinhas mais rigidas, mas num mundo paralelo (olha minhas teorias cientificas aí outra vez!!!) eu sei que daria certo. Talvez o paraíso seja tudo o que os bons (ou lunáticos) lutam para realizar aqui na terra. Um lugar onde as regars não ditam os comportamentos, um lugar onde o amor genuino nos guie ao cumprimento das regras (do amor), um lugar onde a gente siga as regras por amor e não onde a gente ama porque faz parte da regra (amor por obrigação, por dever).

Ficar de ponta cabeça só pra variar, assistir à queda de louças caríssimas só pra comtemplar o movimento delas no ar, gritar mais alto que o visinho, só para se surpreender com o som de sua propria voz, bater e depois se dar em amor intenso na cama, no chão, na luz e no escuro, mergulhar na água gelada só para se assustar com o frio que gela o cerebro, acelerar o carro (emborrachado, segundo meu pai!) para ver o mundo girar mais rapido, comer doces, salgados, gelados e quentes, rir e chorar, como se a vida de alguem amado dependesse disso, lutar por uma ideia (ou ideologia) com tanta força que sua vida perde todo o sentido em nome de uma causa, sentir cheiros e mais cheiros, sentir dor, sentir prazer, sentir o vento, a vida, o pelo dos cachorros, a lambida na cara, a chuva no rosto, as gotas de suor pelo corpo, o primeiro raio de sol na manha silenciosa, solos de guitarras doidas, cabelos sacudindo, pés batendo no pedal do bumbo frenéticamente, mais suor, mais gritos, mais vida, mais prazer, vida mais intensa do que a propria vida, a dor do parto, intensa, enlouquecedora, transformadora, insuportavelmente poderosa pela vida que carrega em si (nada é mais intenso do que a dor e a novidade de vida que o parto traz, talvez tenham sido os unicos momentos da minha vida em que meu TDAH voraz foi saciado, mas é bom nem pensar muito nisso, porque vou acabar por desejar viver isso denovo e agora NÃO VAI ROLAR!)

O que era pra ser um texto sobre minha busca pelo EQUILÍBRIO acabou de virar exatamente o que SOU: a busca INSANA e INTENSA pelas EMOÇÕES INCONGRUENTES dessa vida."Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi", SEMPREEEEEE!!!

2 comentários:

  1. Calma Mari!!!!!
    Sua casa só tem tomada 220?
    UFA! CANSEI!!!!
    kkkkkkk
    Muito bom, bom mesmo.
    Vou lhe dar uma dica que aprendi com meus leitores: textos menores, não temos saco de ler coisas muito longas. Se vc reparou no princípio meus textos eram mais longos, diminuí.
    Abraços
    Alexandre

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  2. Ola!!! Seja bem vindo Alexandreeeee!!!!
    Muito obrigada pela dica... vamos ver se um dia eu conseguirei!!!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Eu simplesmente não sou capaz de parar... e embora eu tenha plena noção de que a maioria deve ler meus textos até a primeira metade apenas, eu CONTINUO escrevendo... dificil isso...kkkk
    Quem sabe a rita me ajuda a escrever varios posts curtos ao inves de um gigante. kkkkkk Amanha é minha primeira consulta!!! Vamos ver!
    (Embora eu ache que isso depende muito mais de mim do que da rita...)
    Abraçãoooo

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